Algumas pessoas, sobretudo crianças pequenas costumam demorar um pouco a perceber automatizar a regra de movimentação do cavalo no tabuleiro de Xadrez.
É preciso que o instrutor com a missão de
passar esse conhecimento tenha paciência.
Ensinando os princípios básicos desse jogo,
durante muitos anos, desde 1970, venho observando muitas coisas nesse assunto.
A primeira observação é que se pode ensinar às crianças bem pequenas – e a 4
anos – e já o tenho feito inúmeras vezes, costuma até acontecer de as crianças
aprenderem mais rápido de que alguns adultos.
A regra na verdade é muito simples: o cavalo se movimenta executando tipo uma letra L , de 3 casas por uma. As 3 casas são contadas seguidas em um alinha ou coluna são as pernas longa do L e a outra casa ligada a elas seria como a
Se está numa casa de uma cor no tabuleiro só pode saltar para outra casa de cor diferente daquela em que está.
Se o cavalo estiver nas casas mais centrais do tabuleiro ele poderá saltar para 8 casas diferentes e deverá fazê-lo para aquela que for conveniente. Como tempo e prática o iniciante começa a perceber. Se o cavalo estiver nas linhas ou colunas laterais do tabuleiro poderá pulara para menos casas – 6, 4, 3 ou apenas (duas) se estiver em um dos vértices. O único meio de ensinar ou aprender é colocar as peças no tabuleiro e praticar.
Para facilitar a percepção de como é o
movimento do cavalo criei o que chamo de falso cavalo, que consiste no
seguinte: alterarmos um pouco a regra, alargando a perna maior do L para 4 casas ou 5 casas e teremos um movimento
de 4x1 por exemplo, em 5x1 ou 5x2 ou outras.
Aprendido o falso cavalo, abandona-se este,
digamos dublê auxiliar errado, e introduz-se o legítimo, correto, de 3x1 casas.
Tenho observado que com este artifício fica mais fácil e rápido o iniciante aprender.
Além dessa sugestão do falso cavalo, um exercício
prático e vantajoso é assim: o instrutor coloca o cavalo em uma das casas para
onde ele pode pular! O que eu acho melhor para essas marcas são tampinhas de
garrafas de bebidas, as metálicas ou as plásticas. Ou então contas de
bijuterias ou até grãos de feijão grande branco, jalo ou preto.
Percebi por experiência que não é bom colocar
os peões do jogo para fazer as marcas porque o aprendiz acha que os peões estariam
cercando o cavalo.
Pode-se começar com o cavalo nas casas
centrais do tabuleiro variando bastante e depois passa para outras casas das
linhas e colunas. Repetir várias vezes se necessário e depois passar a vez para
o aprendiz que deverá repetir e treinar até ficar apto a fazer a movimentação
correta, com rapidez. O instrutor deverá ter paciência e deixar o iniciante
desenvolver o próprio ritmo.
Digo que aprendido o movimento do cavalo, 80%
do trabalho com o iniciante está realizado.